A área geográfica da sub-região Granja-Amareleja da Denominação de Origem Protegida Alentejo – DOP Alentejo – situa-se entre a Margem Esquerda do Guadiana e a fronteira com Espanha. Engloba as freguesias de Amareleja e Póvoa de São Miguel e parte das freguesias de Santo Amador e de São João Baptista, do concelho de Moura, e as freguesias de Granja, Luz e Mourão, do concelho de Mourão.
UM CLIMA ÚNICO
O Alentejo é conhecido por várias particularidades, uma delas é o clima único que proporciona as melhores condições para a produção vitivinícola. Um clima de influência continental, muito quente e seco no verão, que o lago da barragem de Alqueva veio amenizar, marca indelevelmente o estilo dos vinhos, que também é influenciado pela singularidade do encepamento, tanto das castas brancas como tintas.
A viticultura local tem fortes contrastes, que coexistem de forma equilibrada, com as grandes vinhas modernas, cultivadas segundo as melhores técnicas vitícolas, recorrendo a recursos humanos especializados, e as vinhas arcaicas de sequeiro, típicas do minifúndio regional, cultivadas pelos pequenos vinhateiros segundo técnicas milenares e sem recorrer à enxertia.
A produção de vinho também concilia, de forma harmoniosa, a tradição do vinho de talha, feito na região há cerca de dois mil anos, com a inovação tecnológica das adegas contemporâneas, onde o aço inox, o frio, as barricas, a automação e a informática são a norma geral.
VINHOS DO ALENTEJO: DO ANONIMATO AO RECONHECIMENTO MUNDIAL
Nos últimos 40 anos o Alentejo passou do quase anonimato para a ribalta dos vinhos portugueses. As condições naturais para fazer bons vinhos já os romanos as tinham reconhecido há dois milénios. Para aprimorar a técnica e, consequentemente, a qualidade do vinho do Alentejo era apenas necessário conhecer as castas, modernizar as adegas, renovar as vinhas, ter capacidade organizativa, incentivar a cooperação entre todas as entidades ligadas ao vinho e, acima de tudo, dar a palavra aos técnicos. Tudo isso se fez, de forma exemplar no Alentejo, substituindo o trigo pelas cepas. O resultado é o reconhecimento nacional e internacional da elevada qualidade dos vinhos alentejanos e da capacidade e condições ideais da região para a produção de vinho que compete com as grandes marcas e as grandes castas mundiais.